Introdução
A Nova NR-1 (Norma Regulamentadora Geral) não é apenas uma atualização técnica. Ela representa uma mudança de mentalidade sobre segurança e saúde no trabalho e exige mais do que adequações formais.
Muitas empresas ainda estão tratando a NR-1 como “mais uma exigência do governo”.
Mas a verdade é que, ao fazer só o básico para cumprir tabela, estão desperdiçando uma oportunidade estratégica de fortalecer sua cultura de prevenção e gestão de risco.
O que mudou, na prática?
A nova NR-1, atualizada em 2021, traz uma série de inovações importantes. As mais relevantes são:
- • GRO (Gerenciamento de Riscos Ocupacionais): passa a ser o centro da gestão de segurança, exigindo um processo contínuo de identificação, avaliação e controle dos riscos.
- • PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos): substitui o antigo PPRA e agora deve estar alinhado à realidade da empresa, com foco em ações preventivas.
- • Capacitação e treinamento com foco em eficácia: a empresa precisa garantir não apenas que o treinamento foi dado, mas que o colaborador aprendeu de fato.
- • Integração com a estratégia de gestão: a NR-1 reforça que segurança não é um departamento isolado, mas parte da lógica do negócio.
A pergunta não é “como cumprir”.
É: como integrar isso ao que sua empresa já valoriza?
Empresas inteligentes estão aproveitando esse momento para:
- • Revisar seus processos de Onboarding com foco em segurança real.
- • Envolver a liderança no discurso e na prática preventiva.
- • Incorporar o GRO e o PGR como parte do planejamento estratégico.
- • Avaliar se sua cultura estimula ou bloqueia o reporte de riscos.
- O erro mais comum
Tratar a NR-1 como um projeto do “técnico de segurança” ou do RH. Quando isso acontece, o processo vira burocracia e a cultura continua reativa, baseada no medo da multa.
- 1. Mapear os principais riscos com base em dados e escuta interna.
- 2. Envolver lideranças desde o início. A cultura de segurança precisa ser vivida por quem toma decisão.
- 3. Transformar documentos em práticas. O que está no PGR precisa aparecer na rotina.
- 4. Usar o GRO como ferramenta de gestão e não como obrigação documental.
O que a legislação diz, mas poucas empresas fazem:
“A organização deve garantir a melhoria contínua das condições de trabalho por meio de uma atuação planejada e integrada.” – (NR-01, item 1.5.4.2)
Traduzindo: não é sobre se proteger da fiscalização.
É sobre cuidar das pessoas e garantir sustentabilidade operacional.
Pra pensar:
Sua empresa está gerindo riscos… ou só preenchendo planilhas para mostrar que sim?
Fez sentido para você?
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